Paola Vilas cria uma releitura astrológica que traz a mulher para o protagonismo a partir de uma nova consciência feminina. As esculturas exaltam a importância de concebermos novas narrativas e representações que colocam a mulher não somente sob uma nova perspectiva, mas que sobretudo confiem-lhes força, personalidade e poder místico.
Arquétipos de mulheres-deusas, representadas por seres híbridos, trazem uma atmosfera mágica, vigorosa, delicada e fetichista que subvertem o lugar de apagamento e distorção do poder feminino ao longo da história.
O uso da simbologia cria camadas de narrativas ocultas em cada peça. Olhos recebem e emitem luz, iluminam e expressam. Espelham todo o Universo. Três mãos localizadas no avesso das peças formam um triângulo, invocando a sabedoria da geometria sagrada. O triângulo simboliza equilíbrio, harmonia, conclusão. É um código que nos eleva à uma consciência superior.
Sob uma visão escultórica e que rompe com a normalidade, as peças recebem rochas ágatas negras e foram pensadas para serem utilizadas individualmente ou agregando Sol, Lua e Ascendente. Para isto contam com três regulagens de tamanhos em suas correntes.